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Juros compostos: como usar para aumentar o patrimônio?

Você sabe como aproveitar o efeito dos juros compostos para aumentar o seu patrimônio? Confira mais sobre esse conceito e como fazer o seu cálculo!

28 abr

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3 MIN DE LEITURA

Por Equipe Investo

Muitas pessoas conhecem os efeitos dos juros compostos por conta da realização de empréstimos e financiamentos. Afinal, é comum as financeiras cobrarem uma taxa de juros quando fornecem crédito. Porém, eles também estão presentes no universo dos investimentos.  

O seu funcionamento é diferente dos juros aplicados nos contratos e dívidas bancárias. Dessa forma, antes de começar a investir, é fundamental aprender como é feito o seu cálculo e a maneira de utilizá-los para potencializar o seu retorno no mercado. 

 

O que são os juros? 

No mercado financeiro, o termo juros representa o montante cobrado pelo empréstimo de uma quantia financeira. Nesse contexto, é possível afirmar que os juros são como o “preço de aluguel” do dinheiro.  

Eles costumam ser expressos em percentuais sobre o valor emprestado, podendo ser cobrados em diferentes periodicidades — por exemplo: diários, mensais, semestrais, anuais, entre outras. A sua incidência pode se dar de duas formas: simples e composta. 

Saiba mais sobre cada uma delas! 

 

Juros simples 

Os juros simples possuem um funcionamento fácil de entender. Nesse caso, a taxa de juros sempre recai sobre a quantia inicial, independentemente das alterações do saldo ao longo do tempo. 

Por exemplo, imagine que sobre a inadimplência no pagamento de uma dívida de R$ 10.000,00 incida juros simples a uma taxa de 2% ao mês. No primeiro mês de atraso, o saldo devedor estará em R$ 10.200,00. No segundo, ela terá aumentado para R$ 10.400,00, e R$ 10.600,00 no terceiro. 

Ou seja, enquanto o débito não for pago, a cada novo mês haverá um acréscimo de R$ 200,00, que correspondem a 2% sobre o valor inicial (R$ 10.000,00). Isso significa que a quantia acrescida em razão dos juros não muda, independentemente do aumento no montante total devido. 

 

Juros compostos 

Uma forma de entender os juros compostos é pensar neles como juros sobre juros. Neles, a taxa de juros é aplicada sobre o saldo atualizado, que inclui os juros acumulados ao longo do tempo.  

Suponha que você realize um investimento, seguindo os mesmos dados do exemplo anterior — valor inicial de 10.000,00 e juros de 2% ao mês. Nesse caso, ao completar o primeiro mês de investimento, o valor estaria nos mesmos R$ 10.200,00 (R$ 10.000,00 + 2%). 

No entanto, no segundo mês, os juros seriam computados com base no valor atualizado, e não mais sobre o montante inicial. Desse modo, o resultado ficaria R$ 10.404,00 (R$ 10.200,00 + 2%). Já no terceiro mês a quantia evoluiria para R$ 10.612,08 (10.404,00 + 2%), e assim por diante. 

Embora a diferença entre os resultados nos juros simples e compostos não seja expressiva quando se considera apenas 3 meses, ela aumenta conforme o prazo do investimento. Veja uma tabela que mostra a distinção dos resultados obtidos em 24 meses, seguindo os mesmos parâmetros: 

Por que o investidor deve ter atenção aos juros compostos? 

Depois de entender o conceito e o funcionamento dos dois tipos de juros, é comum ter dúvidas sobre por que o investidor deve ter atenção a eles. Uma das razões para manter o foco nos juros compostos é o potencial de crescimento de capital que eles oferecem. 

Quando o seu dinheiro fica investido por longos períodos, você tende a experimentar uma expansão mais acelerada do seu patrimônio. Esse fenômeno ocorre porque, como você viu, os juros compostos incidem sobre um montante cada vez maior, podendo gerar ganhos adicionais. 

Ao aproveitar essa dinâmica, você pode aumentar consideravelmente a eficácia do retorno sobre o dinheiro investido. Logo, quanto mais tempo você mantém o seu investimento sob os efeitos dos juros compostos, maior tende a ser a rentabilidade obtida. 

Além disso, dependendo da regularidade com que você investe e da eficiência da sua carteira, é possível alcançar a sonhada independência financeira. Com um montante significativo investido, os juros compostos podem gerar rendimentos suficientes para cobrir suas despesas de vida.  

 

Qual é o cálculo dos juros compostos? 

Ao chegar até aqui, você aprendeu o conceito e o funcionamento dos juros compostos, mas ainda falta aprender a fazer o seu cálculo. Entre as possibilidades está a atualização da quantia mês a mês, como você viu anteriormente. 

Contudo, essa maneira não é eficiente para cálculos que envolvem prazos maiores. Nesse contexto, de modo a reduzir o tempo gasto no cálculo dos juros compostos, foi desenvolvida a seguinte expressão matemática: 

M = C (1 + i)t 

Nela, a letra “M” corresponde ao resultado total acumulado, enquanto o “C” é o valor inicial. Por sua vez, a letra “i” representa a taxa de juros aplicável (expressa em decimal) e, por fim, a letra “t” é usada para expressar o tempo, na periodicidade desejada. 

Imagine investir R$ 10.000,00 em um título de renda fixa que pague 1% ao mês ao longo de 60 meses. Aplicando-se a fórmula, a conta ficaria assim: 

M = 10.000 (1 + 0,01)60 

M = 10.000 (1,01)60 

M = 10.000 x 1,816697 

M = 18.166,97 

Como usar os juros compostos para aumentar seu patrimônio? 

Agora que você já sabe calcular os juros compostos, chegou o momento de aprender como usar esse conceito para aumentar o seu patrimônio. Investir é uma das melhores maneiras para aproveitar o efeito dos juros compostos e fazer um capital crescer. 

Entretanto, é importante entender como essa dinâmica se aplica nas duas principais classes de investimentos encontradas no mercado financeiro: a renda fixa e a renda variável. Confira! 

 

Renda fixa 

Os investimentos de renda fixa sofrem impacto direto dos juros compostos. Isso porque eles funcionam como um empréstimo bancário, mas com o investidor exercendo o papel de fornecedor do crédito. 

A rentabilidade nessa classe segue uma lógica previamente conhecida, com taxas de juros determinadas no início do investimento. Logo, você tem a oportunidade de prever o quanto poderá receber ao final do investimento, permitindo um planejamento financeiro mais eficiente. 

Por exemplo, você pode escolher títulos de renda fixa com prazo mais longo para potencializar o seu retorno. Afinal, como você sabe, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, maior será o efeito dos juros sobre juros. 

Alguns exemplos de investimentos de renda fixa que podem se beneficiar dos juros compostos são: 

  • Títulos públicos do Tesouro Direto; 
  • CDBs (certificados de depósito bancário); 
  • LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio); 
  • Debêntures, entre outros. 

 

Renda variável 

Na renda variável, os juros compostos têm uma influência indireta. Isso ocorre devido à imprevisibilidade dos resultados que podem ser obtidos nessa classe de investimentos — ou seja, não há uma taxa de juros atuando diretamente sobre o capital investido. 

Muitos dos investimentos de renda variável são precificados, entre outros fatores, pela lei da oferta e demanda. Nesse sentido, a realização de ganhos ou prejuízos depende da percepção do mercado em relação ao ativo investido. 

Como os juros compostos se relacionam com a economia real, eles influenciam o ânimo dos investidores e a precificação desses ativos. Para compreender a dinâmica, basta imaginar o investimento em ações. 

Ao adquirir seus papéis, você se torna sócio do negócio, passando a participar dos lucros e riscos que ele oferece. Acontece que os resultados de uma empresa são influenciados por fatores econômicos — a exemplo da taxa básica de juros e inflação. 

A inflação é o aumento generalizado do preço de produtos e serviços. Quando ela está em alta, é comum o Bacen (Banco Central) elevar a taxa básica de juros. Assim, o acesso ao crédito se torna mais caro, reduzindo o consumo e, consequentemente, a elevação dos preços ao consumidor. 

Com um baixo consumo, os resultados de algumas empresas tendem a diminuir — o que pode impactar negativamente o preço de seus papéis e prejudicar o investidor. Contudo, o cenário oposto também costuma acontecer, beneficiando as empresas, os preços dos papéis e os acionistas.  

Nesse contexto, é possível se embasar nas movimentações dos juros na economia de modo a encontrar os melhores momentos para investir em renda variável. Ademais, existem diferentes alternativas dessa classe de investimentos que podem sofrer os mesmos efeitos.  

São elas: 

  • FIIs (fundos imobiliários); 
  • FIAs (fundos de ações); 
  • FIMs (fundos multimercado); 
  • BDRs (brazilian depositary receipts); 
  • ETFs (exchange traded funds), entre outros. 

 

Como os ETFs podem ajudar no retorno e na proteção de quem investe? 

Sabendo agora que os juros compostos podem trazer reflexos tanto na renda fixa quanto na variável, como ampliar o seu potencial de retorno e se proteger? Uma alternativa que costuma contribuir nesse sentido são os ETFs (exchange traded funds) — ou fundos de índice. 

Eles são veículos de investimentos coletivos que visam replicar a performance de um índice de mercado. Para atingir o objetivo, é comum que o fundo monte o seu portfólio com base na carteira teórica do benchmark espelhado. 

Portanto, ao comprar uma única cota, você estará exposto aos resultados que todos esses ativos trouxerem ao fundo. Então, em vez de o seu retorno e risco ficarem concentrados em apenas um ativo, eles estarão diluídos entre as alternativas que o ETF investir. 

Nesse sentido, você aumenta o potencial de retorno que pode ser obtido, ao mesmo tempo que protege o seu capital. Ademais, existem ETFs que investem em renda fixa, ações, commodities, juros, câmbio e o que mais estiver presente na carteira do índice replicado. 

Isso significa que com esses veículos você também tem a chance de aproveitar o efeito dos juros compostos de maneira direta e indireta, conforme a alternativa escolhida. Entretanto, antes de investir, você precisa avaliar as oportunidades disponíveis e os riscos existentes para tomar decisões mais acertadas. 

 

Neste conteúdo você aprendeu como os juros compostos funcionam e a forma de calculá-los. Com esse conhecimento, você poderá planejar sua trajetória para tirar proveito dessa dinâmica e aumentar seu patrimônio — seja investindo em renda fixa ou variável. 

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