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Economia norte-americana: entenda como ela impacta os ETFs no Brasil!

A economia norte-americana é influente sobre os mercados de diversos países

22 mar 2024

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3 MIN DE LEITURA

A economia norte-americana é influente sobre os mercados de diversos países, sendo importante entender como ela afeta os ETFs no Brasil. Confira!

Por Investo

A economia norte-americana, por sua magnitude e influência global, afeta diretamente os mercados financeiros ao redor do mundo. Desse modo, esse impacto se estende ao Brasil, que frequentemente reflete as dinâmicas econômicas dos Estados Unidos (EUA).  

Nesse cenário, os investidores de exchange traded funds (ETFs) devem se manter informados sobre o assunto. Afinal, esse veículo de investimento também pode ser impactado pelos movimentos do mercado norte-americano. 

Quer entender como isso acontece? Continue a leitura e compreenda como a dinâmica da economia dos EUA pode refletir nos ETFs no Brasil! 

Como a economia americana se comporta? 

A economia norte-americana passou por marcos significativos, refletindo diretamente no cenário global. Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou um crescimento menor em comparação com o ano anterior, gerando especulações e impactos nos demais mercados. 

Nesse panorama, a desaceleração do PIB em 2022 foi atribuída a uma conjunção de fatores, incluindo: 

  • efeitos persistentes da pandemia; 
  • interrupções na cadeia de suprimentos; 
  • incertezas geopolíticas. 

Esses elementos criaram um ambiente desafiador para diversos setores da economia norte-americana, resultando na contração econômica observada naquele ano. No entanto, a resiliência econômica dos Estados Unidos se mostrou evidente já no ano seguinte, em 2023. 

No período, houve uma notável recuperação do PIB, causada por fatores variados. Para começar, a gestão proativa do Governo norte-americano em face dos desafios econômicos foi um ponto importante nessa recuperação. 

Nela, foram implementados investimentos em infraestrutura, estímulo fiscal e medidas para fortalecer a confiança do consumidor. Consequentemente, foi possível criar um ambiente propício para a retomada econômica.  

Além disso, a recuperação do PIB em 2023 foi impulsionada pela adaptação das empresas, que buscaram novas estratégias e tecnologias para enfrentar os desafios do cenário global. Assim, o dinamismo do setor empresarial, aliado à resiliência, permitiu que as organizações se reinventassem. 

Dessa maneira, as companhias puderam explorar as oportunidades emergentes, respondendo de maneira ágil às demandas dos consumidores e do mercado. 

Como funciona o mercado norte-americano? 

Para compreender como a economia norte-americana influencia os investimentos no Brasil e no mundo, vale a pena ter um panorama de como funciona o seu mercado. O Federal Reserve, que corresponde ao Banco Central dos EUA, é um elemento fundamental nesse sistema.  

Nele, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) tem a responsabilidade de definir a política monetária e supervisionar as operações de mercado aberto. Logo, ele influencia diretamente as taxas de juros e a liquidez econômica. 

No que se refere às bolsas de valores norte-americanas, é possível destacar a New York Stock Exchange (NYSE) e a National Association of Securities Dealers Automated Quotations (NASDAQ). Afinal, nelas são negociadas ações de empresas mundialmente reconhecidas. 

Paralelamente, o mercado de renda fixa nos EUA também é bastante desenvolvido. Há uma variedade de títulos públicos e privados, que são essenciais para o financiamento de empresas e do Governo. 

No setor de commodities, os EUA são protagonistas mundiais, negociando produtos como petróleo, ouro, prata e grãos. Nesse cenário, a bolsa que se destaca é a de Chicago, que exerce influência nos preços globais.  

No mercado de câmbio, os Estados Unidos são líderes mundiais. Nesse ambiente, instituições financeiras, bancos e investidores institucionais negociam moedas estrangeiras, determinando taxas de câmbio e facilitando o comércio internacional. 

Vale destacar que para garantir a integridade desses mercados, a Securities and Exchange Commission (SEC) atua como reguladora. Assim, ela supervisiona o mercado financeiro para assegurar transparência e proteção aos investidores.  

Qual a importância de acompanhar as tendências desse mercado?  

Entendendo como funciona o mercado norte-americano, é interessante compreender a importância de acompanhá-lo. Para começar, o mercado financeiro dos EUA é reconhecido como um indicador da economia global.  

Assim, as mudanças e movimentos nas bolsas norte-americanas muitas vezes antecipam tendências em outros mercados, tornando-se um guia para investidores de outros países. Nesse contexto, o mercado dos EUA é frequentemente utilizado como referência para avaliar o desempenho de ativos. 

Desse modo, acompanhar suas tendências ajuda os investidores na avaliação da eficácia de suas escolhas em comparação com benchmarks relevantes. Dada a importância desse mercado, o impacto direto nos investimentos é outra razão fundamental para monitorá-lo. 

As mudanças nas políticas monetárias, o desempenho econômico e movimentos do dólar podem ter repercussões significativas em portfólios de investidores de outros países. Dessa forma, a consciência dessas tendências possibilita uma adaptação proativa às dinâmicas globais. 

Como essa economia impacta nos ETFs no Brasil?  

Como você viu, o mercado norte-americano impacta investimentos em outros países. Desse modo, ele afeta os ETFs, que também são conhecidos como fundos de índice, no Brasil. 

A seguir, veja como acontece essa dinâmica! 

Investimento americano na bolsa brasileira 

Os investidores dos EUA costumam buscar oportunidades de maior rentabilidade em outros países, como o Brasil. No entanto, há fatores que podem alterar essa procura, fazendo com que esses indivíduos deixem de realizar esses investimentos. 

Entre essas situações está a não correspondência da bolsa brasileira (B3) em relação às expectativas de retorno. Além disso, o aumento dos juros nos EUA pode fazer com que os investidores redirecionem seus recursos para títulos de renda fixa americanos. 

Afinal, a economia norte-americana é mais estável, podendo não compensar o investimento em países com maiores riscos, como o Brasil. O impacto dessa realocação é sentido nos ETFs brasileiros, especialmente aqueles que abrangem setores mais suscetíveis às oscilações de risco.  

Variações no câmbio 

Quando investidores estrangeiros retiram capital da bolsa brasileira, reduzindo a oferta de dólar no país, é possível observar uma valorização da moeda estrangeira em relação ao real. Essa dinâmica estabelece uma correlação entre o desempenho das ações na B3 e a cotação do dólar. 

Dessa maneira, se o Ibovespa (que é o índice que mensura a performance das ações brasileiras mais negociadas no país) tem uma oscilação de baixa, geralmente a cotação do dólar passa por uma alta. Em contrapartida, quando o índice sobe, o preço da moeda norte-americana tende a cair. 

Para investidores em ETFs brasileiros, essa correlação tem implicações importantes. Isso porque as variações no câmbio podem impactar diretamente o valor dos ativos que compõem o portfólio dos fundos.   

Por exemplo, o aumento da demanda por dólar pode resultar em uma desvalorização das ações locais nos portfólios dos ETFs. Logo, o preço das cotas dos fundos tendem a cair. Por outro lado, se o fundo tiver ativos que se beneficiam da valorização do dólar, o ETF pode se valorizar.  

ETFs de índices dos EUA 

Os ETFs que espelham a carteira teórica de índices relacionados à economia norte-americana são diretamente influenciados pelos movimentos nas bolsas dos EUA. Logo, mudanças nas ações de empresas americanas, por exemplo, impactam diretamente o valor desses fundos de índice. 

Assim, a estabilidade econômica dos EUA, muitas vezes, resulta no desempenho sólido desses ETFs. Com isso, os investidores podem aproveitar oportunidades de alinharem parte de suas carteiras com a resiliência da economia americana. 

Perceba, em todos os casos, que os impactos nos ETFs dependem do índice que eles replicam. Como há oportunidades ligadas a diferentes classes, setores e ativos, a influência do mercado norte-americano pode gerar resultados distintos.  

Quais oportunidades ETFs oferecem com base nesse cenário?  

Entendendo como o mercado dos EUA pode afetar os ETFs no Brasil, você pode ter interesse em saber quais são as oportunidades que esses investimentos podem oferecer. Na prática, existem perspectivas distintas para investidores diante da influência da economia norte-americana. 

Na sequência, veja quais são as oportunidades! 

Diversificação internacional 

Ao investir em ETFs que abrangem ativos globais, os investidores podem mitigar riscos específicos de região ou país, aproveitando a estabilidade e o dinamismo de diferentes mercados. Com isso, é possível ter um portfólio mais equilibrado e resiliente diante de volatilidades regionais. 

Investimento setorial e temático 

A variedade de ETFs em setores e temas oferece oportunidades para aproveitar tendências do mercado. Por exemplo, quando há lançamentos em inovação tecnológica, pode ser válido investir em fundos que representam o setor de tecnologia, a depender da sua estratégia. 

Desse modo, essa alocação permite aos investidores alinhar o seu portfólio com a economia global e a evolução dos mercados.  

Renda fixa 

ETFs de renda fixa podem ser relevantes para investidores que buscam estabilidade em meio à volatilidade. Considerando as variações nos juros dos EUA, um fundo de índice que compreende títulos norte-americanos é uma possibilidade para diversificar os investimentos mais conservadores. 

Movimentos cambiais 

ETFs que rastreiam índices cambiais são capazes de oferecer oportunidades para aproveitar os movimentos do dólar e de outras moedas. Nesse caso, os investidores podem utilizar fundos de índice específicos para se posicionar em relação às flutuações nas taxas de câmbio. 

Como investir em ETFs norte-americanos? 

Após entender as oportunidades que os ETFs expostos ao mercado norte-americano geram, é possível que você tenha interesse em investir nessas modalidades. Para isso, é necessário conhecer fundos que permitem à exposição à economia dos EUA, como: 

Depois, acesse o homebroker da instituição financeira por meio da qual você investe. Afinal, é com essa plataforma que será possível ingressar no ambiente da bolsa. O passo seguinte é buscar o código do ETF desejado e emitir uma ordem de compra.  

Nesse momento, é preciso especificar a quantidade de cotas desejadas e o preço que você está disposto a pagar por elas, se for o caso. Por fim, é preciso aguardar a execução e o processo de liquidação para que as cotas façam parte da sua carteira de investimentos. 

Neste artigo, você entendeu como a economia norte-americana impacta os ETFs no Brasil e como investir em fundos de índice expostos a esse mercado. Então considere analisar a possibilidade de investimento nessas modalidades, a fim de identificar se elas são adequadas à sua estratégia. 

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