Comprar o primeiro ETF (exchange traded fund) do portfólio é mais do que uma simples transação, é o começo de uma jornada rumo ao crescimento financeiro e à construção de um futuro sólido.
É importante respeitar o perfil de investidor e entender que investir em ETFs é uma estratégia adequada para objetivos de médio e longo prazo, na qual não se deixe guiar pelas oscilações naturais do mercado.
Ao possuir uma estratégia completa para o portfólio e contando com uma assessoria de um consultor de investimentos, não é preciso acompanhar de perto o desempenho de cada produto da carteira. No entanto, reunimos aqui os detalhes de como funcionam os ETFs e o que impacta sua performance como um guia para investidores interessados neste processo.
Os ETFs são fundos que têm como finalidade acompanhar o desempenho de um índice de mercado (benchmark). O foco é replicar seus resultados, portanto, esses fundos contam com gestão passiva e conseguem apresentar resultados semelhantes ao do índice de referência.
Veja, por exemplo, como o BLOK11 (ETF de smart contracts) acompanha seu benchmark — o MarketVector™ Smart Contract Leaders Brazil Index:
Vale saber que é possível encontrar diversos fundo de índice ligados a diferentes benchmarks. Por exemplo, existem ETFs de renda fixa e variável. Segundo dados da bolsa de valores brasileira (B3), em 2022 a proporção disponível no mercado era de 14% de fundos de índice de renda fixa e 86% da variável.
Também há alternativas ligadas a índices nacionais e internacionais, relacionados a diferentes setores e ativos. Ainda, é importante considerar que esse investimento conta com custos, como taxa de administração, taxa de corretagem, emolumentos e Imposto de Renda (IR).
ETFs são produtos diversificados que garantem eficiência à carteira de investimento de investidores com perfil e horizontes adequados para este tipo de produto. Contando com a gestão passiva, não é preciso acompanhar de perto ou monitorar o desempenho dos produtos da sua carteira.
Listamos, abaixo, alguns fatores relevantes quanto à gestão de um fundo de índice.
Análise de mercado
Um dos pontos mais importantes é o mercado em que ele está inserido. No caso dos ETFs, é necessário verificar quais fatores têm o maior impacto sobre o desempenho do fundo em questão.
Dessa maneira, a forma de avaliar o fundo varia conforme o índice replicado. Portanto, a análise pode abranger:
Como os ETFs acompanham o índice, é necessário saber qual é o seu posicionamento no mercado, diante de condições externas. Em certas situações, é válido ter atenção para os acontecimentos econômicos marcantes.
No caso de fundos atrelados a commodities, por exemplo, eventos geopolíticos são capazes de impactar os resultados das cotas. Nesse contexto, uma dica é aproveitar os recursos online e as plataformas de negociação que oferecem ferramentas de análise de mercado e dados em tempo real.
Comparação com outros investimentos e indicadores
Na prática, o monitoramento do desempenho dos ETFs costuma envolver comparações. É possível verificar como ele se comporta em relação a outros fundos de índice com objetivos semelhantes, por exemplo.
Considere que em certas situações pode haver diferentes ETFs relacionados ao mesmo setor ou ativo. Assim, vale observar o comportamento das alternativas para descobrir qual é a mais vantajosa.
Por exemplo, ao monitorar um ETF de ações dos Estados Unidos, é possível compará-lo com o S&P 500 ou o Dow Jones Industrial Average, entre outros índices relevantes. O mesmo ocorre quando se trata de um ETF atrelado a um índice do Brasil.
Observe, abaixo, a variação do BDOM11, fundo que replica os movimentos do MarketVector™ Brazil Domestic Exposure (BRL) Index, focado no mercado doméstico. Já na comparação com o Ibovespa (principal índice de ações brasileiras), ele teve desempenho superior de maio de 2023 a março de 2024.
Vale destacar que retornos passados não garantem ganhos futuros, mas podem ajudar a analisar o potencial de uma alternativa de investimento.
Análise de rentabilidade
Como esse é um investimento de renda variável, é preciso considerar o potencial ao longo do tempo para entender se ele faz sentido para a sua carteira. Quando há potencial de crescimento e valorização, as quedas de curto prazo têm menos impactos nos resultados em horizontes maiores.
Uma dica nesse processo é avaliar o desempenho do ETF ao longo de diferentes períodos, como diário, semanal, mensal, trimestral e anual. Dessa forma, você identifica padrões de performance e tendências de longo prazo — inclusive, considerando momentos de crise e outras movimentações do mercado.
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