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Fundos de investimento e ETFs. Qual a diferença entre eles?

Henrique Pavan / 21/10/2020 / ETFs, Fundos de Investimento

21 out 2020

    3MIN DE LEITURA

    Por Henrique Pavan

    Fundos de investimento e ETFs. Qual a diferença entre eles?

    Em nosso último post, tivemos a oportunidade de escrever sobre fundos de investimento. Eles são constituídos por recursos de diversos investidores. Em outras palavras, coletam recursos de diferentes pessoas e os aplicam em diversos tipos de ativos, que podem ser de renda variável, renda fixa ou um mix deles, conforme explicamos neste texto aqui.

    Já os ETFs (Exchange Traded Funds) se assemelham aos fundos de investimento passivos, pois buscam atrelar seu rendimento a um índice de mercado. Vamos falar um pouco mais sobre eles?.

    Principais ETFs e suas características

    Assim como no caso dos fundos de investimento convencionais, existem ETFs de renda fixa ou de renda variável.

    Entre os ETFs de renda fixa destacam-se os seguintes:

    • IMAB11 – composto por títulos do tesouro direto que atrelam seu rendimento ao principal índice de inflação do país, o IPCA.
    • FIXA11 – este é um ETF que busca alcançar o rendimento das taxas de juros do mercado interbancário (algo geralmente próximo à taxa Selic), também conhecidas como DI.

    Quanto aos ETFs de renda variável, vamos destacar alguns:

    • BOVA11 – este ETF é construído de maneira a aproximar seu rendimento ao do índice BOVESPA.
    • BRAX11 – procura acompanhar o IBRX-100 (índice que aponta o rendimento das 100 principais ações listadas na Bovespa).
    • SMALL11 – é um ETF baseado no índice Small Cap, que é composto por ações de companhia menores.

     

    Já deu para perceber que os ETFs estão sempre atrelados aos diversos índices que existem no mercado e que, por conta disso, operam com rendimentos semelhantes a eles.

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    Diversificação

    Os ETFs geralmente são compostos por um maior número de ativos. Isso faz total sentido se pensarmos que eles possuem uma gestão passiva. O BOVA11, por exemplo, trabalha com 60 das 65 ações do índice Bovespa em sua carteira. Assim sendo, apresentam um grau de risco mais baixo e, usualmente, um retorno menor do que os fundos de investimento com gestão ativa.

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    Custos

    Enquanto os fundos tradicionais podem cobrar entre 2% e 4% ao ano de taxa de administração, os ETFs não passam de 1%, sendo que há várias opções abaixo dos 0,5%. Além disso, há cotas mínimas que giram em torno de R$ 200,00, fazendo com que os ETFs possuam uma opção de entrada barata, embora o mais comum é que negociem vários lotes dessas cotas. Por sua vez, existem fundos tradicionais que só aceitam aplicações de entrada em valores muito mais altos. Com relação à tributação, não há diferença entre ETFs e fundos de investimento tradicionais, sendo que as alíquotas de imposto de renda variam entre 15% e 22,5% a depender do prazo de aplicação.

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    Liquidez

    Os ETFs são negociados na bolsa como se fossem ações. Isto significa uma coisa: liquidez. Ou seja, comprar a vender é fácil e rápido. Além disso, as informações sobre sua performance são atualizadas constantemente, facilitando seu acompanhamento. Algo que outros fundos não possuem, já que divulgam relatórios mensais.

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    Qual escolher?

    Tanto ETFs como os demais fundos de investimento são opções interessantes pois disponibilizam a vantagem da diversificação de maneira prática e simples. Se você não tem tempo para acompanhar detalhadamente as informações do mercado, então basta “terceirizar” este serviço para os profissionais gestores de tais fundos. É claro, que mesmo aplicando em ETFs ou fundos tradicionais, é sempre recomendável que você possua um certo grau de informação e sempre busque conhecimento sobre o mercado.

    A questão aqui é que os ETFs são mais seguros, mais líquidos e ainda mais práticos do que alguns outros fundos. Assim sendo, eles podem ser uma boa opção de entrada para os iniciantes. O legal de tudo isso é que tem para todos os gostos – tanto ETFs como os demais fundos. Diversos índices, diversos ativos, renda fixa, renda variável, etc. O importante é sempre pensar em aplicações constantes e mirar o longo prazo.