Existem economias ao redor do mundo que, mesmo diante de cenários complexos, apresentam crescimento. Logo, investidores mais atentos podem perceber que os países emergentes são uma alternativa a ser estudada para investir.
Uma possibilidade de expor seu capital aos resultados de mercados em desenvolvimento são os exchange traded funds (ETF). O motivo é que eles contribuem para o investimento em ativos de diversas localidades e segmentos, ampliando a diversificação da carteira.
Você tem interesse em investir em países emergentes? Então entenda como os ETFs são uma alternativa que pode ser atrativa nesse contexto!
Antes de falar sobre os ativos, é importante esclarecer o conceito, certo? Mercados ou países emergentes são aqueles que se destacam pelo potencial de crescimento econômico, superando as nações desenvolvidas.
Eles ocupam uma posição econômica intermediária, ou seja, não são considerados pobres, mas ainda não estão na lista dos mais ricos do mundo. Nesse ponto, vale fazer uma diferenciação importante entre os países emergentes e subdesenvolvidos.
Historicamente, as nações subdesenvolvidas eram aquelas com baixo desenvolvimento, industrialização e renda per capita. Pobreza e desigualdade social também eram características comuns nesses lugares.
Os países emergentes, por sua vez, são muitas vezes aqueles subdesenvolvidos que experimentaram uma aceleração na industrialização e crescimento econômico. A mudança muitas vezes acontece devido a investimentos sólidos, refletindo no aumento da renda e melhora nos indicadores sociais.
Desse modo, uma das características mais marcantes dos emergentes é a tendência de crescimento. No geral, os países são populosos e estão aumentando, o que leva à necessidade de desenvolvimento da infraestrutura — criando um ambiente atrativo para os investidores.
Portanto, esses mercados geram impacto econômico significativo ao redor do planeta. A sua influência pode ser percebida no Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo. Para entender, observe o PIB real de economias avançadas e emergentes, segundo levantamento do Banco Mundial:
Além de impactos no passado, as expectativas são otimistas para o futuro do chamado E7, grupo composto pelos principais países emergentes. Um estudo conduzido pela consultoria PwC projeta que o E7 crescerá o dobro do G7 — o famoso conjunto de nações mais industrializadas do mundo.
Confira essa comparação:
Dessa forma, a expectativa é de que as economias integrantes do E7 avancem mais nas próximas décadas. Por essa razão, vale a pena ter atenção a esse movimento ao fazer suas escolhas no mercado financeiro.
Agora que você conhece o conceito de mercados emergentes, é o momento de descobrir que nações fazem parte desse grupo seleto. O E7, por exemplo, é composto por países, como:
Além desses que têm uma posição de liderança no mundo, há outros países que geram impactos na economia global. O MSCI Emerging Markets, um índice desenvolvido pela Morgan Stanley Capital International, monitora o desempenho médio das ações em emergentes.
Importante: após consulta a investidores institucionais, a Rússia foi retirada da composição do índice de mercados emergentes pela MSCI. Segundo a fornecedora de índices, a Rússia não atende mais os requisitos de classificação da MSCI para mercados emergentes (fonte: Valor Econômico).
Nesse contexto, podem ser adicionados à lista:
Observe o histórico do MSCI Emerging Markets, em relação a inclusões e exclusões no índice:
Como visto, existe uma grande diversificação de países emergentes. Cada um deles tem características específicas que tornam essas economias relevantes para o mundo.
Nomes vistos com frequência nos noticiários integram a lista de mercados emergentes, certo? Caso você tenha interesse em expor o seu capital aos resultados da economia desses países, os ETFs (fundos de índice) são uma alternativa.
Esses veículos de investimento têm como estratégia replicar a carteira de um índice de referência — nesse caso, ligado a economias emergentes — de forma passiva. Na prática, você investe em uma cesta diversificada de ativos que compõem o índice escolhido.
Você entendeu que os fundos de índice são um modo de investir nos países emergentes, certo? Mas mesmo depois de conhecer os principais países e o investimento, você pode se perguntar se realmente é interessante se expor aos índices financeiros ligados a essas nações.
Para resolver essa questão, veja motivos para escolher ETFs de países emergentes!
Diversificação da carteira de investimentos
O primeiro ponto está relacionado à diversificação do portfólio. Afinal, os ETFs atrelados a economias emergentes ampliam o leque de ativos nos quais você poderá alocar o seu capital.
Diversificar a carteira de investimentos é essencial visando reduzir riscos. Assim, investir em fundos de índice que abrangem países como Brasil, China, Índia e outros, aumenta a sua exposição a diferentes economias, setores e classes.
A abordagem também é relevante frente à natureza dinâmica desses mercados. Enquanto certas nações podem estar em ascensão, outras, muitas vezes, enfrentam desafios. Logo, os ETFs de países emergentes são capazes de reunir uma variedade de ativos, oferecendo flexibilidade ao seu portfólio para enfrentar as mudanças econômicas.
Exposição a mercados variados
Outro aspecto a ser considerado em relação a fundos de índice, nesse contexto, é o investidor se expor a economias com potencial de expansão. Alocar recursos em cotas de ETFs atrelados a esses mercados é uma estratégia de investimentos com potencial de posicioná-lo estrategicamente diante das oportunidades.
Como você conferiu, esses países costumam experimentar taxas de crescimento superiores àquelas dos desenvolvidos. Por isso, essa é uma chance atrativa para investir em nações que são impulsionadas pela infraestrutura em expansão, grande população e recursos naturais abundantes.
Observe o gráfico com a projeção de crescimento para emergentes e desenvolvidos, produzido pela PwC:
O ciclo de desenvolvimento que caracteriza as nações emergentes tende a criar um ambiente propício para investimentos — o que pode ser atrativo para os investidores. Dessa maneira, a exposição a esses países é uma tática a ser estudada a fim de buscar retornos interessantes a longo prazo.
Nesse contexto, será que é preciso optar por um ou por outro mercado? Certas alternativas mostram que é possível fazer investimentos que mesclam economias em diferentes níveis de crescimento econômico. Um exemplo é o ETF WRLD11.
Ele é um fundo de índice que replica no Brasil o ETF VT (Vanguard® Total World Stock). Listado na bolsa de valores de Nova York, o ETF VT tem mais de US$ 30 bilhões sob gestão. Do total, há investimentos em mais de 9 mil empresas em mercados desenvolvidos e emergentes.
Observe os gráficos de composição do ETF WRLD11:
Então é possível aproveitar as oportunidades de países que estão emergindo na economia global, ao mesmo tempo que se investe em economias consolidadas.
Oportunidades de investimento em grandes empresas e causas
Além da chance de colocar os seus recursos em nações que contribuem significativamente para o mundo, o investidor pode investir em negócios de importância global. São exemplos, o Alibaba Group (China) e Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (Taiwan).
Com isso, será possível se expor a empreendimentos com impacto mundial, que efetivamente contribuem para o desenvolvimento econômico da atualidade. Desse modo, investir em ETFs de países emergentes coloca o investidor diante de ativos com potencial de valorização devido ao desenvolvimento dessas regiões.
Vale destacar, ainda, que as oportunidades de investimento nessas economias não se limitam a um setor específico, abrangendo desde commodities até tecnologia. Assim, é possível alocar o dinheiro em setores diferenciados.
Ademais, o Banco Mundial afirma que os países em desenvolvimento precisarão aumentar os seus investimentos no combate às mudanças climáticas e outros objetivos globais. A instituição estima que sejam necessários cerca de US$ 2,4 trilhões ao ano para esse fim.
Dessa forma, a adoção de certas medidas tende a ser necessária para conquistar um bom resultado, como:
Com essas ações, o aumento considerável da demanda de investimentos nas causas climáticas poderá surtir efeitos positivos para os mercados emergentes. Por isso, investidores que alocam o seu dinheiro nessas economias têm a possibilidade de contribuir para a sustentabilidade do planeta.
Agora, você conhece as principais razões para investir em ETFs de países emergentes. Porém, mesmo que os motivos sejam interessantes, é necessário entender outros aspectos a respeito do investimento antes de tomar uma decisão.
Confira mais informações sobre a alternativa!
Riscos atrelados a instabilidades nos países emergentes
As nações que estão em desenvolvimento são historicamente suscetíveis a períodos de turbulência na economia. Portanto, é essencial que você esteja ciente dos riscos associados à instabilidade inerente a esses mercados.
Crises políticas são frequentes, impactando o cenário econômico e afetando os ativos negociados em bolsa. Por exemplo, o Banco Mundial afirma que o conflito no Oriente Médio entre Israel e Gaza, intensificado em 2023, aumentou os riscos geopolíticos, afetando o crescimento global.
Eventos como esse são capazes de prejudicar os resultados econômicos em diferentes partes do planeta. Dessa maneira, eles podem gerar estagnação nos negócios e nos rendimentos dos investidores.
Vale considerar que mesmo títulos públicos em países emergentes podem apresentar um risco de crédito superior. Além disso, o menor volume negociado nos mercados de capitais dessas regiões costuma aumentar o risco de liquidez.
Escândalos frequentes de corrupção
Nações corruptas perdem a sua credibilidade frente a investidores, impactando o nível dos investimentos e, até mesmo, a classificação de riscos. Infelizmente, países emergentes são frequentemente associados à corrupção.
O Índice de Percepção da Corrupção, produzido pela Transparência Internacional desde 1995, avalia 180 países, atribuindo a eles notas de 0 a 100 — o mais confiável. Observe o mapa, em que a escala indica os mais íntegros (em amarelo) até os menos íntegros, aumentando o tom para laranja e vermelho.
Confira a avaliação geral:
Situações de baixa transparência adicionam um elemento de incerteza ao cenário, potencialmente gerando imagens negativas ao mercado, de modo geral. Por isso, é preciso observar a eficácia do combate à corrupção nos países emergentes de seu interesse.
Volatilidade
Por fim, outra questão relacionada a investir nessas economias é a volatilidade. Isso acontece porque a instabilidade é uma constante nos países emergentes devido à própria natureza em desenvolvimento desses mercados.
Como visto, crises são frequentes, podendo desencadear flutuações abruptas, impactando negativamente o cenário econômico e os ativos no mercado financeiro. Então a alta volatilidade representa um ponto de atenção a ser analisado em relação aos investimentos nos emergentes.
Ademais, a imprevisibilidade decorrente de escândalos e crises é capaz de intensificar as oscilações, afetando o retorno sobre as alocações. Por isso, a compreensão dos padrões nesses contextos é essencial para a gestão de riscos do investidor.
Como investir em ETFs de países emergentes?
Você conferiu pontuações importantes sobre investir em economias emergentes. Se surgiu o interesse em alocar dinheiro nesses mercados, é importante conhecer as alternativas disponíveis.
O primeiro passo é respeitar o seu perfil de investidor e objetivos. Isso o guiará em suas escolhas a respeito de riscos e prazos.
Em seguida, basta abrir uma conta em uma instituição financeira. Por meio dela, você terá acesso à plataforma digital para pesquisar os ativos disponíveis, indicando a quantidade desejada e o preço de negociação.
Lembre-se de que, ao adquirir cotas de um ETF, você está investindo indiretamente em um conjunto diversificado de ativos que compõem o índice de referência. Isso elimina a necessidade de selecionar individualmente investimentos específicos em diferentes países emergentes.
Veja, por exemplo, o BDOM11. Esse fundo de índice investe em 99 empresas que apresentam mais de 50% da sua receita proveniente do mercado brasileiro. Nesse sentido, o investidor se expõe a negócios que se baseiam em uma das mais importantes economias emergentes globais.
Veja a composição do BDOM11:
É importante avaliar a composição do índice escolhido, considerando os países e setores representados. Isso o ajudará a entender a diversificação proporcionada pelo ETF. Além disso, observe os custos associados que poderão impactar o retorno do investimento.
A facilidade de negociação permite que os investidores comprem ou vendam suas cotas durante o horário de funcionamento do mercado. Essa flexibilidade adiciona dinamismo à estratégia de investimento, permitindo ajustes conforme as condições evoluem.
Portanto, os ETFs em países emergentes são uma forma para o investidor se expor a negócios que operam em mercados em desenvolvimento. Pondere os prós e contras da alternativa e, assim, encontre o fundo de índice que esteja mais alinhado às suas expectativas de investimento.
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