Antes de mais nada, vamos lembrar o que significa possuir uma ação e receber dividendos dela. Basicamente, a posse de uma ação faz com que você seja parcialmente “dono” da empresa. Trata-se, portanto, de um pedaço de uma companhia que pode ser adquirido no mercado financeiro. Ser acionista significa estar interessado no bom desempenho da empresa. A lógica é simples: se ela vai bem, minha ação se valoriza e meu patrimônio aumenta.
Agora, além de ser bem legal ver sua ação se valorizar, você também pode receber dividendos em função de sua posse. Mas o que são dividendos? Também chamados de proventos, eles consistem em parcelas dos lucros que são distribuídas aos acionistas. Ou seja, se você possui ações de determinada empresa e ela aufere lucros, você poderá recebê-los na forma de dividendos na exata proporção de volume de ações que você possui.
Mas então, o que é Dividend Yield? Em uma tradução literal, significa “rendimento do dividendo”. Ou seja, é a proporção de dividendos pagas por cada ação.
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Vamos supor que você tenha comprado 100 ações da empresa “A” cotadas a R$ 10,00. Isto significa que você teria R$ 1.000,00 em sua carteira. Supondo que a empresa “A” te pague R$ 0,80 em dividendos por ação, você receberia um total de R$ 80,00 em dividendos.
Logo, seu Dividend Yield seria de 8%, conforme a fórmula a seguir:
Dividend Yield (DY) = (dividendos pagos por ação)/(valor da ação) x 100 = (0,80)/10 x 100 = 8%
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O dividend yield também é um indicador importante de rentabilidade para seus investimentos. Em outras palavras, ele pode e deve ser analisado em comparação a outras oportunidades de aplicações. Ate porque, o importante é diversificar. Por isso, analisar a compra de uma ação por seu dividend yield é uma das métricas a se levar em consideração.
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Se você já ficou interessado nesse assunto de dividend yield vão aqui mais algumas recomendações.
Saiba que, por regra, as empresas devem distribuir ao menos 25% de seus lucros na forma de dividendos aos acionistas. Fora isso, cada empresa terá sua política de pagamentos o que inclui o próprio dividend yield ,assim como sua periodicidade que pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual.
Mas é importante olhar não só para o dividend yield. Como se trata de uma fração (ou uma porcentagem, o que dá na mesma), às vezes o dividend yield pode ficar muito mais alto nem tanto pelo bom desempenho da empresa, mas simplesmente por uma queda no valor de sua ação.
Assim sendo, o importante é analisar empresas sólidas e com bons fundamentos de longo prazo. Lembrando que você passa a ser um sócio da empresa ao adquirir sua ação. Ou seja, não é só o dividend yield que te interessa, mas também a valorização de longo prazo do seu patrimônio de acionista.
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Dividend Yield trata-se da relação entre o pagamento de dividendos e o valor de uma ação. Analise o histórico de pagamentos de dividendos das empresas e busque estabilidade. Além disso, procure empresas sólidas, com bons fundamentos e preocupações de valorização no longo prazo. Setores inovadores, relacionados a novos serviços e tecnologias do século XXI (por exemplo) podem ser promissores tanto em termos de valorização das ações como em distribuição de dividendos.
Diversifique. Até porque os dividendos podem ser uma entre várias opções de rentabilidade em sua carteira. Estude e converse com os profissionais de sua corretora.