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LFTS11: conheça o ETF de títulos atrelados à taxa Selic para investir na B3

Se você quer investir e acompanhar a taxa Selic, deve considerar o LFTS11. Entenda como funciona esse ETF e veja suas principais informações!

4 jun

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3 MIN DE LEITURA

Por Equipe Investo

Os ETFs podem ser alternativas de investimento que fazem sentido para a sua carteira. Nesse contexto, é possível investir nesse veículo e ainda seguir a rentabilidade da taxa Selic, um índice essencial do mercado brasileiro. 

Portanto, mesmo que você queira investir em renda fixa, é possível considerar o investimento em ETFs. Eles são veículos que podem atender a diferentes perfis e objetivos, principalmente por existirem diversas alternativas disponíveis no mercado financeiro — inclusive com exposição à renda fixa. 

Quer conhecer melhor os ETFs e aprender mais sobre o LFTS11, um veículo exposto à renda fixa? Então continue a leitura deste conteúdo! 

 

O que é um ETF? 

ETF é a sigla para exchange traded fund. No Brasil, eles também são chamados de fundos de índice, um veículo financeiro que tem uma carteira de títulos ou ativos administrada por um gestor profissional. 

Como o nome indica, o objetivo de um ETF é seguir os resultados de um índice de mercado. Dessa maneira, os gestores montam o portfólio conforme a carteira teórica do benchmark escolhido. 

Os investidores interessados em investir em um ETF e se expor a esse portfólio podem comprar cotas de participação. Elas representam a fração mínima do patrimônio do fundo. No caso do fundo de índice, elas são negociadas por meio da bolsa de valores. 

Desse modo, ao investir nelas, investidores participam dos resultados obtidos pelos gestores e podem comprar e vender as cotas na bolsa, se expondo aos efeitos da lei de oferta e demanda. 

 

Como funciona um ETF de renda fixa? 

Um ETF de renda fixa é aquele que segue um índice dessa classe, replicando o desempenho de taxas e investimentos que a compõem. A ideia é acompanhar o índice escolhido e trazer uma rentabilidade mais previsível e estável para os investidores.  

No entanto, lembre-se de que as cotas continuam sendo negociadas na bolsa de valores. Portanto, elas se expõem às movimentações do mercado, sendo que os preços podem oscilar. Logo, o ETF de renda fixa ainda fará parte da renda variável.  

 

O que é o LFTS11? 

Como você aprendeu, os ETFs são veículos de investimento em que o objetivo é seguir um índice financeiro. O LFTS11 é um dos fundos de índice listados na bolsa de valores brasileira e pode ser adequado para diversos investidores. 

O nome completo desse ETF é Investo Teva Tesouro Selic. Ele é destinado a investidores em geral, sejam eles residentes no Brasil ou não. Eles podem ser pessoas físicas, jurídicas, outros fundos, entidades de Previdência etc. 

Contudo, isso não significa que você deve investir no LFTS11 sem uma boa análise. É fundamental saber quais são os riscos inerentes ao investimento e qual é o objetivo do fundo, tendo em vista que ele seguirá o índice-alvo. 

Dessa forma, vale a pena conhecer as principais características do LFTS11, facilitando a sua tomada de decisão. Confira a seguir! 

Índice-alvo 

Uma informação fundamental para quem quer investir em ETF é o índice-alvo, já que o objetivo principal desse fundo é acompanhar os resultados do índice. Em relação ao LFTS11, o índice de referência é o Teva Tesouro Selic.  

Ele é um índice de mercado criado pela Teva Índices. Seu objetivo é acompanhar o retorno de um investimento por meio da carteira teórica composta por Letras Financeiras do Tesouro (LFTs). Esses títulos de renda fixa são atrelados à Selic, a taxa básica de juros brasileira. 

Para tanto, a Teva criou critérios de elegibilidade. Ou seja, existem requisitos para que as LFTs possam entrar em sua carteira teórica. O primeiro deles é o volume mensal de negociação: é preciso que as LFTs tenham uma negociação superior a R$ 500 milhões no mês anterior. 

Esse volume é calculado a partir dos dados do mercado secundário, e não nas negociações efetuadas pelo Tesouro Nacional. Na prática, o volume de negociação é multiplicado pelo Fator de Ajuste de Liquidez, definido pelo Comitê Consultivo de Índice da Teva. 

Além disso, é preciso que o prazo mínimo de vencimento dos títulos seja superior a 730 dias corridos, considerando a data de ponderação. Com base nesses requisitos, a Teva aplica um critério para atribuir pesos a cada LFT incluída na carteira, conforme o seu valor de mercado. 

Então a Teva mantém uma carteira teórica com diversificação e aderente ao Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) — outro índice bastante relevante de renda fixa. Confira os resultados do índice de maio de 2016 a março de 2023: 

Administração 

O administrador de um fundo de investimentos é a instituição financeira que mantém as atividades administrativas do fundo. No caso do LFTS11, a entidade é o Banco BNP Paribas Brasil S.A., com sede em São Paulo/SP. 

Entre seus deveres e obrigações, estão: 

  • manutenção de registro de cotistas e livros de atas das assembleias realizadas; 
  • emitir e resgatar lotes mínimos de cotas; 
  • praticar os atos de administração de patrimônio do ETF; 
  • manter em custódia os valores mobiliários integrantes da carteira do fundo; 
  • realizar as comunicações necessárias à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Gestão 

A gestão é outro fator fundamental em um ETF. São os profissionais responsáveis pela gestão do fundo que decidem sobre as movimentações e negociações necessárias na carteira para que o veículo atinja os seus objetivos. 

A gestora do LFTS11 é a Investo Gestão de Recursos LTDA, com sede em São Paulo. Ela é a maior gestora independente de ETFs do Brasil e possui 17 fundos sob gestão negociados na bolsa de valores brasileira. 

Vale saber que a Investo nasceu na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, no começo de 2020. Seu objetivo é facilitar o acesso aos melhores investimentos globais, replicando o crescimento estratégico do mercado de ETF dos EUA e Europa. A empresa também conta com diversos especialistas em gestão de fundos, empreendendo um forte ritmo de lançamento de ETFs globais no mercado. 

Em relação aos deveres da gestora em relação ao LFTS11, vale destacar os seguintes: 

  • gerir a carteira do ETF em nome do fundo; 
  • representar o fundo em assuntos relativos aos emissores; 
  • orientar o administrador a tomar medidas relativas à gestão do ETF; 
  • contratar o formador de mercado para as cotas. 

Vale lembrar que a gestão da carteira em ETFs é realizada de forma passiva. Isso significa que a gestora tem como foco alcançar o objetivo do fundo, que é replicar o Teva Tesouro Selic. 

Tributação 

Outra informação muito importante para quem planeja investir em renda fixa ou em ETFs é a tributação. Como os investimentos dessa classe possuem uma rentabilidade limitada — apesar de haver maior segurança — os tributos são especialmente relevantes nesses casos. 

O LFTS11 é isento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse imposto costuma ser cobrado em investimentos resgatados em até 30 dias. A alíquota vai de 96% a 0% aos 30 dias após o aporte. Contudo, ETFs não possuem essa cobrança. 

Isso é fundamental para pessoas que não possuem uma previsão de quando necessitarão do capital investido — situação comum para reservas de emergência, por exemplo. 

Outra cobrança a ser considerada é o Imposto de Renda (IR). Nos ETFs de renda fixa, a alíquota de IR segue uma tabela regressiva que vai de 25% a 15%, conforme a duração média dos títulos em carteira. 

Quanto maior é o tempo de duração média, menor será a alíquota aplicada. No LFTS11, a carteira tem uma duração média acima de 720 dias. Logo, a tributação é de longo prazo, seguindo a alíquota mínima de 15%.  

Por fim, destaca-se que não há a cobrança de come-cotas no LFTS11. Essa é uma cobrança comum em fundos de investimentos, funcionando como um adiantamento do Imposto de Renda a cada seis meses.  

Na prática, há uma dedução das cotas de cada cotista do fundo, aplicando-se a alíquota mínima da tabela de IR. No resgate, o come-cotas é considerado um pagamento adiantado, sendo que o cotista só deve pagar a diferença existente no IR.  

 

Quais são as vantagens e riscos desse ETF?  

Você já aprendeu o que é o LFTS11, então se ficou interessado no investimento, é essencial considerar as principais vantagens e riscos desse ETF. Veja só: 

Gestão profissional 

A primeira vantagem trata da possibilidade de contar com uma gestão profissional da carteira. Os ETFs montam um portfólio com diversos ativos ou títulos, todos administrados por profissionais do mercado financeiro. 

Desse modo, apesar de não haver autonomia na escolha da composição da carteira, há mais facilidade e segurança. Afinal, a gestão é passiva e segue um índice financeiro, trazendo mais estabilidade para os cotistas e ajuda profissional para realizar as operações. 

Diversificação 

Se você percebeu, há outra vantagem que deriva dessa gestão e do próprio funcionamento do ETF: a facilidade na diversificação. Ao investir em um fundo de índice de renda fixa, você estará exposto a uma carteira com diversos títulos.  

Assim, seus riscos estão mais diversificados, considerando a marcação a mercado e outras questões que podem influenciar os resultados.  

Eficiência tributária 

A diversificação também permite que o Imposto de Renda seja aplicado em sua alíquota mínima, considerando a duração média dos ativos em carteira. 

Vale lembrar, ainda, da isenção de IOF. Muitas pessoas utilizam investimentos atrelados à taxa Selic como uma forma de manter a reserva de emergência. No entanto, ao resgatar os valores em menos de 30 dias, haverá a aplicação desse imposto, prejudicando a rentabilidade. 

Em relação ao IOF, o LFTS11 é capaz de gerar 4,2 vezes mais retornos nos 30 primeiros dias devido a isenção. Se você busca um investimento em que há a possibilidade de ser resgatado em menos de um mês, pode ser interessante considerá-lo. 

 

Tesouro Selic ou LFTS11: qual a melhor opção? 

Se você acompanhou o texto com atenção, pode ter percebido que ainda resta uma dúvida importante sobre o investimento: se vale mais a pena optar pelo Tesouro Selic. Esse título público é bastante utilizado pelos investidores que desejam mais segurança e indexação à Selic. 

Primeiro, você deve considerar que o Tesouro Selic possui aplicação do IOF. Dessa forma, nos primeiros 30 dias, a rentabilidade fica bastante comprometida. Como esse título é muito atrativo para a reserva de emergência, um resgate antecipado pode se concretizar na prática. 

Veja só uma comparação entre o LFTS11 e um CDB (certificado de depósito bancário) atrelado ao CDI (que é bem próximo da Selic) nos primeiros 30 dias de investimento: 

Vale ressaltar que o CDB e o Tesouro Selic possuem a mesma tabela de IOF, o que traz resultados iguais nesse sentido. Ademais, se você precisar resgatar o título do Tesouro Selic antes de 720 dias, a alíquota de Imposto de Renda será superior à do LFTS11. Portanto, a rentabilidade também poderá ser menor.  

Veja só essa comparação do LFTS11 com diferentes alternativas, utilizando como benchmark um CDB com 100% do CDI: 

A rentabilidade só será equiparada após 720 dias, quase dois anos depois do investimento. Então qualquer resgate antes desse período renderá mais com o LFTS11. 

Contudo, é preciso considerar que o Tesouro Selic é um investimento da renda fixa e garantido pelo Tesouro Nacional. Como o risco de crédito é bastante baixo, se você tem um perfil muito conservador, pode ser interessante avaliá-lo. 

 

Conclusão 

Agora você já conhece o LFTS11 e aprendeu melhor como funciona essa alternativa para investir na taxa Selic. Como você percebeu, esse ETF proporciona diversas vantagens, mas também é importante considerar os riscos atrelados ao investimento para tomar melhores decisões.  

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